quinta-feira, 22 de abril de 2010

Flagra - Viajante do tempo!




“Reabertura da ponte de South Fork depois da inundação de novembro de 1940. 1941 (?) – Ponte South Fork, Gold Bridge, B.C., Canadá”

É a descrição para a fotografia exibida na seção online de histórias do Museu Bralorne Pioneer de British Columbia, Canadá. A imagem pode ser vista especificamente nesta página (role até a metade), em meio a outros itens que seriam do acervo da exposição virtual. Notou algo diferente?

O homem que parece usar óculos escuros modernosos ainda se veste de maneira despojada – para os padrões bem atuais – e segura uma câmera fotográfica portátil.

A conclusão não poderia ser outra: seria um viajante do tempo capturado em 1940!

Se a história que lembra o enredo de um filme já parece fantástica, o detalhe mais engraçado que encontrei ao me deparar com mais esta lenda que nasce pela rede foi a resposta a um comentário cético – ou cínico – sobre como parece duvidoso que um viajante do tempo resolva visitar a reabertura de uma ponte nos confins do Canadá em 1940 ao invés de algo um pouco mais interessante historicamente, como a crucificação de Jesus ou o nascimento de Hitler.

Ao que veio a resposta: “Claro, porque até onde sabemos nada de importante aconteceu naquele local, naquela data, certo? Quem garante que em outra linha temporal algo extraordinário não deveria ter ocorrido?”.

Realmente, quem garante? Mas antes de mergulhar de cabeça em fabulosos roteiros de Hollywood, voltemos um pouco à realidade. A fotografia realmente mostra um viajante do tempo?
A fonte

Como já comentamos, a imagem está disponível no sítio online oficial dos museus do Canadá. Seria parte da exibição “Their Past Lives Here”, que teria sido exposta pelo menos desde o ano de 2004. Parece estar online desde fevereiro deste ano, possivelmente antes. A imagem com o “viajante do tempo” só foi notada como tal no final de março, quando foi indicada em alguns dos principais sítios onde este tipo de história pode ser disseminada: o fórum Above Top Secret, o agregador FARK e outros.

A princípio, dada a fonte, confiaríamos que seria uma fotografia autêntica, tomada pouco depois de 1940. Uma Error Level Analysis sugere que a imagem não foi manipulada digitalmente, ou pelo menos que, se foi, o manipulador foi perspicaz o suficiente para normalizar o erro por toda a imagem.

Como explicar o “viajante do tempo”?

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